
Eu estava trabalhando no escritório, fazendo algumas pesquisas de mercado e, como de costume, fui verificar meus e-mails. Dentre alguns, percebi uma intimação para um processo judicial. Já acessei logo o processo para verificar qual era o trabalho. Tratava-se da avaliação de um terreno com casa de madeira, para fins de inventário. Mais tarde, li o processo com mais atenção, anotei todas as informações e no decorrer dos dias fiz a petição.
Houve todo o procedimento de aceitação, agendamento da vistoria. No dia e horário marcados, eu e meu colega de trabalho Luca fomos até o imóvel. Na conversa com a pessoa que iria nos receber, já ficamos sabendo que um dos herdeiros não estava de acordo, portanto, teríamos que ir com cuidado.
Chegamos ao local e fomos bem recebidos pelo Sr. Aurélio, um senhor de idade avançada, cabelos brancos, um olhar um pouco desconfiado, falando baixo. Ele nos explicou que o irmão estava dormindo, e seria bom que ele não nos visse lá, porque ele era muito bravo e não queria a nossa presença, pois sabia que o imóvel estava em processo de inventário.
Eu e Luca já havíamos passado por situações parecidas, nem sempre os clientes nos recebem bem, pois acham que serão prejudicados e nem param para nos ouvir. Afinal, estamos ali porque trabalhamos para a justiça e precisamos auxiliar o juiz.
O lugar era bem simples, uma casa de madeira velha, uma parte com tábuas podres, uma parte do telhado comprometida; terreno com muito mato, sem cuidado algum. A impressão era de abandono, porém morava uma família ali. Era uma situação bem complicada e fiquei triste de ver aquela realidade.
Luca fazia as fotos e eu anotava todos os detalhes do imóvel. O Sr. Aurélio a todo momento nos falava para fazermos o trabalho o mais rápido possível, antes do irmão acordar. Acabei ficando com medo pelo jeito como ele falava, me senti insegura. Eu e Luca mal nos olhávamos, só queríamos fazer as fotos, anotar tudo e sair correndo dali.
De repente, ouvimos barulho dentro da casa. Meu coração acelerou, pensei: será que o homem acordou e vai brigar conosco ou até nos agredir? Olhei para Luca e com o olhar eu disse: e agora? Vamos correr? Mas era só uma criança que estava lá. Voltei ao trabalho, mas sempre alerta. Fizemos o mais rápido possível, mas com cuidado, porque uma vistoria mal feita pode prejudicar muito nosso trabalho.
Nós Peritos vivemos muitas aventuras, histórias positivas, engraçadas, inusitadas, mas também passamos por momentos de tensão e ansiedade. O preparo e o cuidado com cada detalhe é fundamental para que possamos estar em segurança e fazermos um bom trabalho. O dia a dia do Perito avaliador de imóveis é cheio de emoções, novidades e curiosidades, isso move a nossa vida e nos faz melhores a cada dia!
Silmara Gottardi
Filmando daria umas cenas boas para assistir hehehehe…abraço
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Verdade, Vitaliano, a nossa profissão é maravilhosa, com histórias diferentes a cada dia. Abraço!
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Grande perita Silmara…
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Eneide, o importante é começar, insegurança é normal, mas fique tranquila, estamos aqui para nos ajudar. Abraço
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Sem dúvida essa tarefa de perito avaliador é bem palpitante. Eu quero começar agora, mas confesso que às vezes fico muito receosa
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Que interessante! Ao contrário do que eu imaginava antes de ouvir suas histórias, essa sua profissão é cheia de novidadrs, emoções e riscos!Grande abraço! Parabéns Silmara! Vc é show.
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Muito obrigada!!! Abraço!
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Muito obrigada! Abraço!!
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Gustavo, muito obrigada por sempre estar presente! Grande abraço!
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Suas histórias muito me encoraja.
Leio suas aventuras e me imagino ali, fazendo o que narra.
Parabéns por compartilhar conosco.
Gustavo Labares
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