Corretor de imóveis: qual a direção certa?

Somos responsáveis pelas nossas escolhas desde os atos mais simples do nosso dia a dia até os mais complexos. Uma ligação que recebemos de um possível cliente, a forma como o atendemos, a devida importância que damos a essa pessoa, todas essas ações podem gerar um novo trabalho ou não. Pode acontecer de o cliente nos ligar e estarmos ocupados naquele momento. Quanto tempo depois retornamos a sua ligação?

Num dia qualquer de trabalho, recebi uma ligação de um senhor interessado em um apartamento que estava à venda. Ele falava de um jeito meio estranho, muito direto e querendo impor as condições sobre a visita e o valor do imóvel. Eu fiquei um pouco desconfiada, mas não dei muita importância. Atendi-o educadamente e passei as informações necessárias. Ele seguiu na sua postura um tanto ou quanto ‘fria’ de conversar; queria definir seu preço, mesmo antes de conhecer o apartamento.

Dias depois, esse senhor me ligou novamente e veio com a mesma conversa. Disse-lhe que nem precisava perder seu tempo se a oferta fosse aquela, e que não faço intermediação sem o cliente conhecer o imóvel. Procurei chegar na conversa da mesma maneira que ele, sempre com objetividade. Daí em diante, ele voltou a me ligar mais duas ou três vezes, porém, depois que eu deixei claras as condições, desapareceu por algumas semanas.

Até que um dia, o cliente me ligou novamente, agora menos ‘mandão’, mas com aquele mesmo jeito direto. Queria conhecer o imóvel para fazer uma proposta. Parece que finalmente havia entendido a ordem das coisas. Mas eu fiquei um pouco insegura, pois desde a primeira conversa ele sempre fora bastante estranho. Resolvi não ir sozinha atendê-lo, e convidei um colega de profissão.

Chegamos ao local no dia e hora marcados e logo o cliente apareceu. Estava bem diferente, falante, sorridente e até mais gentil na conversa. Fomos diretamente ao imóvel, depois visitamos a garagem e as partes comuns do condomínio. Visto tudo, conversamos rapidamente e ele ficou de retornar. Poucos dias depois, recebi sua ligação e, entre uma proposta e uma contraproposta, o negócio foi fechado.

Isso serviu de lição para mim. Nunca devemos descartar uma possibilidade, por mais remota que pareça. Nesse sentido, o que precisamos é seguir uma direção, atender, ouvir, retornar as ligações, dar atenção ao cliente, pois não sabemos a real intenção de cada pessoa. Nesse caso específico, se eu não tivesse tomado cuidado, se eu deixasse o cliente de lado achando que era só especulação, teria perdido uma venda.

Portanto, nós corretores de imóveis temos que sempre confiar no nosso trabalho, acreditar que por trás de uma ligação pode estar um possível cliente. Esta é a nossa missão: confiar, acreditar e atender de forma respeitosa. Enfim, ter discernimento para tomar a melhor decisão e seguir na direção certa, qual seja: a do bom atendimento, com cuidado e dedicação.

Silmara Gottardi

4 comentários em “Corretor de imóveis: qual a direção certa?

  1. Parabéns, Silmara!
    Sem contar que cada cliente satisfeito é um vetor certo de indicações (captação passiva).
    Fábio Castelo Branco
    Corretor de Imóveis – CRECI 9938-F-PE
    Perito Avaliador Imobiliário – CNAI 8233

    Curtido por 1 pessoa

  2. Bommmm dia!!! Sua forma de esboçar foi completamente fantástica, parabéns e nós devemos mesmo dar o nosso melhor e não desistir, pensar que nosso progresso vem em cada atendimento, nosso sucesso em cada fechamento. Obrigada por estar ai e saber do modo em que nós corretores de imóveis devemos agir!!! Conte sempre conosco Silmara minha Amiga.

    Curtido por 1 pessoa

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