
Entre um atendimento e outro e várias coisas para resolver, certo dia, eu recebi mensagem de um corretor de imóveis. Ele queria esclarecer algumas dúvidas sobre avaliações judiciais. Foi nossa primeira conversa, mas ele me pareceu bastante comprometido e com vontade de trabalhar nessa área.
No decorrer das semanas, conversamos novamente e eu observei o quanto Renato estudava e se interessava aprender sobre o mercado das avaliações. Ele era curioso, pedia indicação de materiais, participava de cursos, assistia a lives e era sempre muito dedicado.
Até que um dia Renato me ligou. Disse que um advogado havia solicitado orçamento para avaliação de uma fazenda. Como é normal, ele estava ansioso, na expectativa, afinal era o seu primeiro orçamento. Analisamos as matrículas, localizamos as áreas pela internet, e fizemos o orçamento. E, para nossa alegria, fora aprovado!
E partimos para a vistoria. Posso garantir que foram dois dias de muito trabalho, mas estávamos bastante animados. Um dia antes, percorremos a região, conhecendo o município, o mercado da soja, o agronegócio; visitamos cerealistas, prefeitura, imobiliárias; conversamos com proprietários de terras. E assim conseguimos coletar amostras e entender um pouco mais sobre a realidade local.
No outro dia, visitamos as áreas, que ficavam próximas à cidade. Havia uma estrada de terra em meio à natureza, um lugar muito bonito, tranquilo. A cada curva, uma surpresa. A paisagem nos encantava e transmitia uma paz sem fim. Havia muitas árvores, o relevo era bonito. Chegando às áreas, começamos imediatamente a fazer fotos. Difícil era escolher qual melhor ângulo, porque realmente o lugar era lindo.
Uma foto nunca consegue transmitir com exatidão o que se vê e menos ainda o que se sente. Ali, embora nosso trabalho fosse fotografar e coletar informações, o que eu via e ouvia era algo maravilhoso: a natureza, as árvores, as plantas, cada detalhe parecia um desenho gigante. E o canto dos pássaros?! Percebia-se pelos sons que havia várias espécies. Naquele momento, sentia o sol forte, o vento que soprava de leve, o cheiro da terra.
Eu e meu parceiro de trabalho fizemos muitas fotos. Terminada essa parte da avalição, voltamos para a cidade. Colhemos mais anotações e informações, e depois cada um retornou para sua cidade. A partir dali, iniciamos a outra parte do trabalho, que consistia em coletar mais informações, argumentos e fundamentos para fazermos o laudo de avaliação. Foram vários dias de trabalho e de muita dedicação.
Quem olha o laudo pronto não imagina o quanto esse demanda tempo, esforço e cuidado para que se apresente um resultado satisfatório.
E finalmente chegou o dia da entrega do laudo! Mas isso eu conto na próxima crônica. Não deixe de acompanhar o final dessa história!
Silmara Gottardi
Muito obrigada, Reginaldo! Abraço!
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Bom dia, crônica muito intrigante, que aguça a curiosidade, e nos faz aprender com sua liturgia maravilhosa, espero ansiosamente pela continuidade. parabéns!
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