ENTREVISTA – O despertar da profissão de corretor de imóveis

Ela nasceu em Francisco Beltrão, no Paraná. Formou-se em Biologia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mais tarde, especializou-se em Gestão de Negócios Imobiliários. No decorrer da sua vida, nasceu a curiosidade pela área imobiliária e, na primeira oportunidade, Marisa Macagnan, que hoje é presidente da Central de Negócios Imobiliários de Maringá, aproveitou sem medo os desafios do despertar da profissão de corretora de imóveis.

Nesta entrevista, Marisa conta-nos sobre sua trajetória.

1 – Quando a profissão de corretor de imóveis despertou em você?

Quando eu morava no Japão, isso foi no ano de 2000. Eu ficava pesquisando anúncios sobre imóveis na internet, para investimento, e achava muito interessante.

2 – Como você ingressou na profissão de corretor de imóveis?

Quando voltei ao Brasil. Um dia, estava lendo o jornal e tinha um anúncio: “Procuro sócio para imobiliária”. Aquilo me chamou atenção. Eu nunca havia trabalhado nesse ramo, porém era algo que já me despertava curiosidade.  

3 – Conte-nos como foi.

Na primeira conversa, já ‘rolou’ uma empatia com o possível sócio e muitas ideias novas surgiram. Estava tudo certo para concretizar a sociedade. Mesmo sem entender sobre a área imobiliária, aceitei o trabalho. Mas ninguém contava com a fatalidade: o recém sócio faleceu um mês depois. As coisas se complicaram. Eu não sabia como encarar aquilo sem ter conhecimento. A viúva não queria continuar no negócio. Então, tomei uma difícil decisão: aceitei o desafio! Afinal, eu nunca deixei nada pela metade e já havia idealizado um sonho, não queria desistir. Diante dessa nova situação, o caminho foi buscar informação, estudar muito e trabalhar mais ainda. Hoje, são 20 anos de mercado imobiliário e 20 anos em busca de conhecimento. Sempre estudo e procuro me atualizar.

4 – Quando você começou a fazer o trabalho voluntário no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (CRECI)?

Logo em seguida, comecei a atuar no CRECI. Eu fui conhecer e trabalhar pelo CRECI porque eu ouvia muita reclamação dos corretores; eles falavam muito mal, criticavam. Então, eu quis conhecer. Na minha opinião, se você critica, você tem que apresentar uma solução. E conhecer como funciona é o mais importante. Porque criticar é fácil, mas você está fazendo sua parte? Eu sinto orgulho de ter participado do Sindicato da Habitação e Condomínios (SECOVI), do Sindimóveis e do CRECI, e de agora ser presidente da Central de Negócios Imobiliários de Maringá.

5 – E o que você acha da participação das mulheres?

A minha maior luta é fazer com que as mulheres participem das entidades. Mas essa é uma luta constante, porque a maioria é dona de casa, cuida dos filhos, do marido, tem uma jornada de trabalho grande e fica bem corrido conseguir dar conta de tudo. Já evoluímos muito! No início, nem se podia cogitar a ideia de uma mulher ser corretora de imóveis e, com o passar dos anos, as coisas foram evoluindo e certamente ainda teremos muito o que conquistar.

6 – Marisa, na sua opinião, qual o rumo do mercado imobiliário? O que você nos diz sobre esta questão? 

Há duas pesquisas distintas: uma diz que a profissão de corretor de imóveis vai acabar em cinco anos; a outra diz que a profissão de corretor de imóveis é a profissão do futuro. Então, cabe a cada um se preparar. Se você pensa: “Ah, me aposentei e vou ser corretor para ganhar uma graninha extra” ou pensa: “Vou ser corretor para ter mais tempo de folga”, então você está no grupo que vai acabar em cinco anos. Mas se você quer correr atrás, se não tem medo do novo, se quer trabalhar sem horário definido, se está disposto a sempre se atualizar, aí você está no grupo da profissão do futuro. Isso não é questão de idade, mas de força de vontade. A tecnologia não afastou os clientes, pelo contrário. Hoje as pessoas estão mais carentes, precisam de atenção. Quando você estiver com um cliente, dê atenção a ele. O cliente precisa se sentir seguro e precisa confiar no corretor. Se o cliente entender que ele é especial para você, ele certamente vai te procurar, será fiel e vai te indicar. Se nós corretores mostrarmos um bom trabalho, a sociedade vai querer comprar e vender com o trabalho do corretor. Lembrando que nós não vendemos, nem compramos imóveis, nós intermediamos, com nosso conhecimento e muito profissionalismo.

Entrevista com: Marisa Macagnan – Corretora de imóveis – Presidente da Central de Negócios Imobiliários de Maringá

Silmara Gottardi

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