
O dia recém havia amanhecido e já estávamos na estrada, eu e Luca, para mais uma avaliação. Lá fomos nós para uma cidade no interior. Não conhecíamos o lugar, o que acabava sempre gerando ansiedade.
A estrada era ruim, cheia de curvas e buracos, muito movimentada, e a chuva ainda resolveu nos castigar. Luca dirigia com toda atenção; a velocidade tinha que ser baixa porque, a cada curva, vinha a tensão do trânsito. Eu estava ligada na estrada, para não errarmos o caminho.
Quando saímos da estrada principal, nossa inquietação aumentou. A via secundária era uma ‘estradinha’, e embora fosse asfaltada havia muitos desníveis e por ela trafegavam alguns caminhões lentos, carregados de madeira. Era algo diferente para nós, uma paisagem bonita, mas amedrontadora. Às vezes, ficávamos atrás desses caminhões, quase parados, e não havia como ultrapassar.
Tratava-se de um relevo muito acidentado: de um lado, imensos morros, de outro lado, precipícios. O asfalto era estreito, mal cabiam dois carros, as curvas eram ‘uma em cima da outra’. Além disso, havia a chuva, que enfraquecera, mas que mesmo assim ajudava a tornar a viagem tensa.
Em uma rápida oportunidade, conseguimos ultrapassar um caminhão, e seguimos nossa viagem. Avistamos uma placa sinalizando que por ali passavam animais, achamos graça, pois não havia quase movimento. Foi então que, logo depois de uma curva, apareceram ‘do nada’ várias ovelhas e bezerros. Foi um grande susto! Luca brecou o carro imediatamente.
Dessa vez, foi por pouco, quase atropelamos o gado! Aquelas ovelhas e bezerros apareceram tão de repente, que nós nos olhamos e rimos muito! Realmente foi algo engraçado e inusitado.
Continuamos nosso caminho e depois de algum tempo chegamos à pequena cidade. Fomos à procura do cliente que já estava nos aguardando. Fizemos as fotos, coletamos os dados, conversamos com um corretor de imóveis da cidade, depois fomos à pesquisa de campo tentar conseguir dados dos moradores e comerciantes. Entramos em um mercadinho muito saudosista, daqueles onde ainda se pode encontrar doce de abóbora, sorvete seco, suspiro.
Aquilo me fez voltar no tempo! E eu pensei comigo: “é por essas e por outras que sou completamente apaixonada pela minha profissão”.
Sempre digo que fazer uma avaliação é muito mais do que fotografar um imóvel, fazer uma pesquisa, chegar num valor e emitir um laudo. Avaliar imóveis é estar em novos lugares, é conhecer gente, conhecer culturas, ambientes e tantas outras coisas diferentes.
Meu trabalho permite que eu faça algo novo a cada dia e eu me encanto todos os dias.
Depois que terminamos nossa pesquisa e que conversamos com as pessoas daquela cidadezinha, voltamos para casa, afinal já era tarde. Saímos satisfeitos, pois tudo deu certo em mais um dia de trabalho.
Silmara Gottardi
Viajei junto, maravilha. Gratificante saber que trabalhar também é divertido e prazeroso. Parabéns
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Isso mesmo Vanilda, trabalhar no que amamos se torna prazeroso. Melhor sensação do mundo é chegar no fim do dia cansado de trabalhar, mas com a alma em paz e feliz! Abraço e tudo de bom pra você!
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Boa Noite! Gostei do relato da viagem ao interior, trabalho e visita a uma cidade pequena com culturas diferentes.
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Que bacana Maurício. Muito obrigada pelo comentário! Estarei sempre publicando algo novo! Um abraço e bom trabalho!!
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Trabalho , belíssimo espero fazer como vocês e colocar em prática o aprendi com o professor Diniz e com vocês, obrigado…. muito obrigado!
A questão toda é que as pessoas não dão valor ao nosso trabalho, acha que fazer uma avaliação é dá uma olhadinha rapidinho e dizer um valor qualquer.
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Obrigada Ronaldo. O que precisar estarei à disposição para ajudar. O objetivo do Blog é orientar quem está começando na área e nós temos que nos valorizar, fazer um bom trabalho para que os clientes nos procurem pela qualidade do nosso trabalho! Um abraço e sucesso!
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Parabéns pelo trabalho!
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Muito obrigada, Gustavo!
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