
Algumas centenas de quilômetros separavam aquela cidadezinha, tão pequena e pacata, da capital. Sair bem cedo foi o combinado, pois era muito chão até chegar ao destino. O sol ainda estava escondido quando eu e Luca pegamos a estrada. Íamos conversando sobre a avaliação, como seria avaliar algo novo, já que mal sabíamos onde se localizava a pequena cidade, um lugar estranho, mas nada intimidava nós dois. Aos poucos o sol ia aparecendo, um novo dia surgindo e nós paramos para tomar um café. Um momento para um descanso, um café da manhã leve, observando a paisagem bonita misturada com o amanhecer tão radiante.
Logo a viagem recomeçou, tudo era novo, um lugar ainda desconhecido, mais algumas horas e lá estávamos na cidadezinha. Agora, precisávamos encontrar o cliente, nada muito difícil, afinal a cidade era pequena, só um telefonema e foi marcado para nos encontramos no mercadinho. Roni nos levou até o terreno, fotografamos e pegamos o máximo de informações, depois fomos à prefeitura para mais detalhes.
Luca e eu precisávamos coletar os dados sobre imóveis à venda, mas antes disso fomos almoçar ou pelo menos queríamos almoçar, mas onde? O lugar era tão pequeno que não havia restaurante, demos algumas voltas, o que se encontrava era a igreja, alguns botecos, terrenos baldios, algumas lojinhas e aquelas pessoas um pouco desconfiadas observando um carro diferente passando várias vezes no mesmo lugar.
Até que resolvemos voltar para a rodovia e almoçar num restaurante junto ao posto de combustíveis. Ali sentamos e em meio à fome e um certo cansaço, também havia a preocupação de como avaliar um imóvel sem comparar com imóveis semelhantes, pois nada se viu para vender na cidade.
Depois de almoçar, voltamos para coletar informações, não se via uma única placa de anúncio, não havia um único imóvel para vender, corretor de imóveis não existia na cidade. Então tivemos uma ideia: resolvemos bater de porta em porta, chegávamos nos moradores, nos identificávamos e perguntávamos se conheciam alguém que havia vendido ou comprado um imóvel, assim fizemos durante um bom tempo, conversando com os moradores locais.
Também conversamos com o pessoal da praça da igreja, alguns não falavam muito, mas sempre havia alguém que sabia de algum negócio e ajudava com informações importantes. Ali encontramos pessoas diferentes, cada uma com sua histórias de vida, algumas delas contavam sobre a cidade, sobre a família e sobre os acontecimentos locais.
Esse foi um trabalho que nos enriqueceu muito, um trabalho que nos fez viajar no tempo ao ouvir as histórias. Voltamos com a sensação de dever cumprido, pois fizemos a pesquisa de uma forma diferente, porém não menos importante, algo nada comum. Percebemos que isso é o que fortalece os profissionais que precisam se virar quando se deparam com o inesperado.
Silmara Gottardi
Parabéns, Silmara, enriquecedor, sempre podemos aprender mais um pouco. Quase cheguei ao destino junto com vocês. sucesso.
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Que bom, Vanilda! Obrigada por acompanhar o Blog. Abraço
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Bom dia não entendo muita coisas de avaliação de imóvel, mas belas palavras escritas, lembrei da nossa Palmitolândia. PARABÉNS
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Hahahahahaha… boas lembranças! Um grande abraço Augustina e obrigada!!!
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Parabéns Silmara!
Que Deus te dê sabedoria cada dia mais. Ao ler sua experiência, veio em minha mente aquela jovem professora, cheia de vontade pelo grande desafio que fez diferença em muitas vidas, eu sou uma delas. Hoje não mais em sala de aula, mas sim nas salas da vida. Sucesso em seu trabalho e que venham muitas e muitas vendas. Abraço
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Muito obrigada Josiane! Você me emocionou com suas palavras. Fico feliz por te ver bem e por eu ter deixado boas lembranças. O papel do professor vai muito além do que está nos livros e essa é uma missão difícil! Um grande abraço!
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