
Algo um pouco diferente num dia lindo de sol. Lá estava eu pegando a estrada para chegar ao imóvel em outra cidade.
Diante de uma conversa com um parceiro de trabalho, surgiu a oportunidade de conhecer um imóvel rural para uma possível avaliação. Eu aproveitei a oportunidade para fazer o trabalho das gravações e mostrar sobre o que é e como é a vistoria.
Organizei meu trabalho, peguei equipamento, mochila e acessórios e fui conhecer o imóvel. Agendei o horário com o corretor e o proprietário, saí cedo, pois a viagem seria de pouco mais de uma hora.
Eu já conhecia o município, mas não a região onde esse imóvel estava localizado. Chegando na estrada de terra, a situação complicou e ficou mais difícil de encontrar a casa. A numeração da rua não era muito organizada e, mesmo usando o GPS, não dava certo, pois apontava para outro imóvel; percebi pelas características.
Eu dirigia com bastante cuidado, mal passava um carro na estrada. Havia declive, pedras pequenas e soltas no caminho, curvas sinuosas. Apesar de ser região uma rural, havia muitas casas e eram bem simples, alguns moradores ficavam observando eu passar. Pelo que percebi, ali era um lugar de pouco movimento.
Como eu não encontrei a casa descrita pelo meu amigo, parei e antes que eu ligasse para ele, saiu uma senhora com idade avançada, um pouco curiosa e desconfiada, ficou me olhando sem dizer nada. Foi então que eu a cumprimentei e ela abriu um sorriso respondendo ao meu cumprimento.
Ela não sabia muito dar informação, mas puxava assunto, queria conversar. Em seguida eu expliquei que precisava encontrar a casa e o meu amigo. Me despedi e continuei naquela estrada. Logo encontrei outra senhora, também curiosa e, assim que eu parei o carro, ela saiu do portão e veio falar comigo. Ela conhecia toda região e os vizinhos.
Essa senhora comentou que não era ali a casa que eu procurava, que eu deveria seguir a estrada. Nesse instante, o meu amigo ligou e disse que estava na frente do imóvel. Me despedi daquela senhora tão simples, acolhedora, simpática e segui em frente. E lá estava meu amigo e o proprietário da casa.
Ri com eles porque havia me perdido, mas pelo menos havia feito duas amizades. Disse que fiquei batendo papo com duas senhoras muito simpáticas.
Em seguida começamos a falar sobre o imóvel e nosso trabalho. Mas essa parte eu conto na próxima crônica, porque tem muito detalhe ainda sobre essa área rural encantadora.
Silmara Gottardi